A bolsa 2.55 da Chanel é um dos maiores ícones da moda mundial. Considerada uma das bolsas mais caras, ela foi criada em fevereiro de 1955 por Gabrielle “Coco” Chanel. O acessório revolucionou a forma como as mulheres carregavam seus pertences. O nome 2.55 remete-se ao mês de fevereiro, 2, e ao ano, 1955.
Inspirada nas necessidades práticas de Coco, que desejava um design funcional e elegante, a bolsa foi a primeira a incluir uma alça de corrente dupla, permitindo que as mulheres a usassem no ombro, deixando as mãos livres – a verdadeira personificação da modernidade.
A Rainha Elizabeth II usou a bolsa por décadas, embora a sua marca de bolsas mais associada ao dia a dia fosse a britânica Launer London. O uso da Chanel 2.55 pela monarca, mesmo que raro, reforça o status universal da bolsa como um ícone da moda que transcende culturas e gerações.
O design da 2.55 é abarrotado de simbolismo. O matelassê, característico da bolsa, foi inspirado nos casacos de jóqueis, que refletiam o fascínio de Coco pelo universo equestre. O fecho retangular “Mademoiselle Lock” é uma referência ao fato de Coco nunca ter se casado, já mademoiselle significa senhorita, em francês. O forro vinho, presente na versão original, alude ao uniforme das freiras do orfanato onde ela cresceu. Cada detalhe reforça a conexão da peça com a história de sua criadora.
Essa escolha destaca a atenção de Chanel em incorporar mensagens significativas em seus designs, tornando seus produtos não apenas itens de moda, mas também símbolos de uma visão de mundo.
Ao longo das décadas, a 2.55 manteve seu status de desejo atemporal, sendo reinterpretada por diretores criativos da maison, como Karl Lagerfeld, que a rebatizou como “Classic Flap” ao adicionar o fecho com o logotipo da marca. Mais do que um acessório, a 2.55 é um símbolo de sofisticação, independência e feminilidade que transcende tendências, consolidando-se como uma verdadeira obra-prima da moda.
Deixe um comentário