Renascimento Europeu. Séculos XIV a XVI. Naquele tempo, devido ao momento em que a Igreja Católica era hegemônica, a arte se destacava, os valores da cultura clássica (Grécia e Roma), os grandes conflitos como a Guerra de Cem Anos eram protagonistas do cenário daquele período. Devido a grandes expansões política e econômica, as pessoas puderam ter acesso a artigos que antes eram improváveis, como as roupas, por exemplo. Influenciadas por aquele novo cenário cultural, surge a moda.
A indumentária era expressão de poder, status e identidade, e refletia as transformações sociais, culturais e econômicas da época. Roupas luxuosas, com tecidos caros, como veludos e sedas e adornos detalhados se tornaram símbolos de prestígio, principalmente entre a nobreza e a alta burguesia. A estética renascentista valorizava a simetria, as formas proporcionais e o uso de cores vibrantes, além de ser fortemente influenciada pelas ideias humanistas que exaltavam o corpo humano, a beleza e o indivíduo.
Houve até leis que restringiam tecidos e cores somente aos nobres. Logo, os costureiros eram obrigados a produzirem diferentes estilos para diferenciar os nobres dos burgueses. Nesse tempo, surgiu-se a alta costura que produzia diferentes estilos por meio de estilistas que inventavam tendências.
Os vestidos de Elizabeth I eram verdadeiras obras de arte, constituídas por várias camadas e muitos adornos. Outra personalidade que ganhou destaque foi Caterina de Médici, a qual introduziu o salto alto, corsets e perfumes e acessórios como parte da indumentária francesa quando se casou com o Rei Henrique II.
Elizabeth I mostrou que moda é poder, na Inglaterra. Ela era conhecida como “vítima da moda”, já que sua estética expressava personalidade e era uma jogada de mestre para manter sua imagem de autoridade absoluta. Vestidos luxuosos, veludos, bordados com ouro, pérolas. Um dos seus vestidos mais significativos é o “vestido arco-íris”, o qual não representava apenas uma escolha, mas era símbolo de sua política e visão de mundo.
A moda nesse período não era apenas um reflexo da elegância, mas também uma maneira de demonstrar a posição social e o envolvimento com os novos ideais de beleza e sabedoria que surgiam com o Renascimento.
Fonte:
História do vestuário, Carl Kohler
A cultura das aparências, Daniel Roche
História social da moda, Daniela Calanca
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